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Estado de Minas OUSADIA

'La Putaria': mineira faz sucesso com crepes em formato de órgãos sexuais

Empresária é dona da loja, que abre de domingo a domingo, e vende cerca de 300 unidades por dia


01/11/2021 21:58 - atualizado 01/11/2021 21:58

Crepes em formato de pênis e vagina vendidos pro loja em Portugal
Crepes em formato de pênis e vagina vendidos por loja em Portugal (foto: Reprodução/Redes Sociais)
A doceria ‘La Putaria’ aberta em agosto deste ano, em um bairro boêmio de Lisboa, em Portugal, tem feito sucesso, com filas para provar os crepes em forma de pênis e vagina. O empreendimento é da mineira Juliana Lopes e de seu namorado austríaco, Robert Kramer. 

 

A pequena loja de 50 metros quadrados abre de domingo a domingo, e vende uma média de 300 crepes todos os dias. Eles são recheados e cobertos por chocolate e/ou doce de leite e os preços variam entre 4,5 e 6,5 euros, dependendo da quantidade de recheios e coberturas.


O Bairro Alto é famoso por reunir jovens de várias nacionalidades que chegam a Lisboa para estudar nas universidades. O sucesso da loja está ligado ao uso das redes sociais para divulgar o negócio. No TikTok, a hashtag #Laputaria tem mais de 10,9 milhões de visualizações e a primeira conta criada no Instagram foi derrubada pela rede.

"Imaginamos que houve denúncias. Portugal é um país muito tradicional. Por isso imagino que o tema da loja deve ter chocado e pode ter recebido uma série de denúncias. Inclusive, eu confesso que me surpreendi com o sucesso da loja. Mas, enfim, aconteceu", disse Juliana ao "Portal G1".

O segundo perfil foi criado e sinalizado como comercial e tem quase 19 mil seguidores. A empreendedora afirma que nunca fez qualquer impulsionamento de conteúdo e que a movimentação nos perfis da loja é orgânica.

O estabelecimento abre por volta das 15 horas e todos os dias há filas para comprar os crepes. A maioria do público é formada por jovens, mas também é possível encontrar famílias inteiras no local. 

Atendentes 'poliglotas' e novos formatos de crepe

Como a doceria fica em um dos pontos mais turísticos de Lisboa, os atendentes precisam saber "traduzir" o produto. Entre os seis funcionários, uma é brasileira do Maranhão. Daniela Silva precisou aprender como pênis e vagina são ditos em diferentes idiomas. 

Nelson Costa e Diogo Barros são portugueses e pediram demissão de seus antigos trabalhos para trabalhar no local. "Achei que poderia ser uma experiência diferente e divertida. E realmente está sendo… consigo até paquerar com alguns clientes", confessa Diogo.

O crepe em formato de pênis é disparado o mais vendido, cerca de 80%. Os donos também estudam outros formatos para o doce. O próximo deve ser em forma de seios (ou maminhas, como chamam os portugueses).

Origem da ideia  


Robert Kramer conta que alguns concorrentes foram até a loja para fotografar os doces e que nas redes sociais algumas pessoas marcaram o perfil da doceria reclamando do serviço, mas usando fotos de doces de outras lojas. "Algumas pessoas acham que somos franquia. Não. Nascemos só com esta loja, por enquanto", diz o austríaco que vive há cinco anos em Portugal e namora Juliana há três.

Segundo ele, a ideia da loja veio de amigos que foram a Bangkok e capitais de países da Europa e mandaram informações de negócios parecidos. "Quando vi a foto, pensei logo que seria uma ótima ideia aqui. Comprei as máquinas nos Estados Unidos e pedi a ajuda de Juliana com a receita do crepe e o trabalho com redes sociais.”

"Sabia que daria certo, mas não esperei que fosse tão rápido". O casal já recebeu mais de 200 propostas para abrir franquias em vários países. Os dois planejam lançar uma segunda loja na cidade do Porto e, ainda em 2021, lojas físicas também no Brasil, embora ainda sem locais definidos.

"Muita gente compra para despedidas de solteiro'’ , explica Juliana. Os doces fazem sucesso também na imprensa portuguesa. O casal já participou de seis programas de TV em Lisboa.

Principal fonte de renda e franquias


A mineira Juliana mora em Lisboa há pouco mais de três anos. Ela tem graduação na área de estética e foi morar em Portugal com a mãe que já vive no país há mais de uma década. A ideia inicial era as duas trabalharem juntas em uma empresa de estética feminina.

A empresária também vende bijuterias com uma amiga pelas redes sociais. "Sou empreendedora e a minha vida já estava bem organizada com esses dois projetos.”

Ela conheceu Robert meses após chegar a Lisboa. Ele foi para Portugal tentar empreender na área de informática. Mas a vida dos dois está mudando rapidamente com o sucesso do primeiro negócio deles juntos. "Pensei que fosse ser uma brincadeira. Mas o negócio deu certo e já é a minha principal fonte de renda", afirma Juliana. O casal de namorados trabalha agora para organizar o projeto em forma de franquia e espalhar os doces em formatos inusitados pelo mundo.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira 

 


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