A Rainha exortou os líderes mundiais na Cúpula do Clima em Glasgow (COP26), na Escócia, a agirem como verdadeiros chefes de Estado e criarem um "futuro mais seguro e estável" para o planeta.
Em uma mensagem de vídeo, ela disse que muitas pessoas esperam que "a hora das palavras se torne agora a hora da ação".
Ela os exortou a agir "por nossos filhos e os filhos de nossos filhos" e para que eles se elevem acima das diferenças políticas do momento.
A rainha acrescentou que tem "grande orgulho" de como seu "querido marido falecido", o príncipe Philip (duque de Edimburgo), promoveu as questões ambientais.
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A monarca de 95 anos era esperada na conferência das Nações Unidas em Glasgow. Mas ela acabou cancelando sua participação após ser aconselhada a descansar por seus médicos. Ela gravou seu pronunciamento na semana passada no Castelo de Windsor, uma de suas residências reais.
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Mudança climática: como é viver onde faz 50ºC?G20: Meio ambiente e covid dominam agenda em encontro de líderes na ItáliaCem países prometem reduzir emissões de metano e salvar as florestas na COP26Seu filho, o príncipe Charles, e seu neto, o príncipe William, estão participando da conferência COP26, considerada como um encontro crucial para limitar o aumento da temperatura global e as mudanças climáticas.
Em seu pronunciamento, a rainha lembrou como o "impacto do meio ambiente no progresso humano era um assunto que estava no coração" do duque de Edimburgo. Ela se referiu ao alerta dele em um encontro acadêmico de 1969 sobre os perigos de não se enfrentar a poluição.
Elizabeth 2ª disse: "É uma fonte de grande orgulho para mim que o papel principal que meu marido desempenhou em encorajar as pessoas a proteger nosso frágil planeta, continue vivo por meio do trabalho de nosso filho mais velho Charles e de seu filho mais velho William".
"Eu não poderia estar mais orgulhosa deles."
A rainha disse que também tirou "grande conforto e inspiração do entusiasmo implacável de pessoas de todas as idades — especialmente os jovens — ao convocar todos a fazerem a sua parte".
Ela disse: "Nos próximos dias, o mundo terá a chance de se unir ao objetivo comum de criar um futuro mais seguro e estável para nosso povo e para o planeta do qual dependemos".
"Nenhum de nós subestima os desafios que temos pela frente: mas a história mostra que quando as nações se unem em uma causa comum, sempre há espaço para esperança."
Ela acrescentou: "É a esperança de muitos que o legado desta cúpula — escrito em livros de história ainda a serem impressos — os descreva como os líderes que não perderam a oportunidade; e que vocês responderam ao chamado das gerações futuras".
"Que vocês deixaram esta conferência como uma comunidade de nações com uma determinação, um desejo e um plano para enfrentar o impacto da mudança climática; e reconhecer que a hora das palavras agora se tornou a hora da ação".
"É claro que os benefícios de tais ações não estarão lá para serem desfrutados por todos nós aqui hoje: nenhum de nós viverá para sempre."
"Mas não estamos fazendo isso por nós mesmos, mas por nossos filhos e pelos filhos de nossos filhos, e por aqueles que seguirão seus passos."
Antes da COP26, câmeras flagraram a rainha em uma conversa, aparentemente irritada com pessoas que "falam" mas "não agem" quando se trata de questões climáticas.
Discursando na abertura da conferência no início do dia, o Príncipe de Gales exortou os líderes mundiais a agirem, dizendo que entendia que muitos países não podem se dar ao luxo de "se tornarem verdes".
Em vez disso, disse ele, é preciso haver uma "grande campanha de estilo militar para reunir a força do setor privado global", que tem trilhões de dólares à sua disposição.
"A escala e o escopo da ameaça que enfrentamos exigem uma solução global de nível de sistema, baseada na transformação radical de nossa atual economia baseada em combustíveis fósseis para uma que seja genuinamente renovável e sustentável", disse ele.
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