Com a ferrenha oposição dos republicanos, dificilmente o projeto será aprovado.
Intitulada com o nome de um importante líder de defesa dos direitos civis e congressista democrata falecido no ano passado, a Lei de Promoção dos Direitos ao Voto John Lewis restabeleceria as proteções perdidas por decisões tomada pela Suprema Corte na última década.
O projeto de lei que será votado amanhã contempla restabelecer a exigência de que os estados que quiserem alterar suas regras eleitorais obtenham autorização prévia do Departamento da Justiça federal.
A Câmara de Representantes aprovou o texto em agosto, mas sua versão original foi modificada para ganhar apoios no Senado. Nesta Casa, os republicanos já derrubaram várias iniciativas dos democratas sobre o assunto.
Analistas do Senado preveem que os republicanos voltarão a se opor, configurando seu terceiro bloqueio consecutivo para permitir até mesmo um debate sobre o direito ao voto.
"Os republicanos do Senado não deveriam ter medo de iniciar um debate sobre uma questão que debatemos durante muito tempo neste órgão e que apoiamos durante muito tempo de maneira bipartidária no passado", disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, aos colegas.
Os estados controlados pelos republicanos passaram meses, aproveitando-se das falsas alegações do ex-presidente Donald Trump sobre uma eleição "roubada" para introduzir leis restritivas que, segundo seus adversários, são um ataque aos direitos de voto.
Desde o início do ano, pelo menos 19 estados aprovaram 33 leis que restringem o acesso ao voto, informa o Brennan Center for Justice, de tendência progressista.
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