"Para um continente que contribui com cerca de 3% das emissões de gases de efeito estufa, a África não pode enfrentar sozinha seus efeitos cada vez mais danosos", disse o presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, atual presidente da União Africana (UA) e promotor de uma reunião para "a aceleração da adaptação na África".
Tshisekedi dá o apoio da UA a um programa de US$ 25 bilhões do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do Centro Global para a Adaptação (GCA, com sede na Holanda).
O programa pretende "acelerar" a Iniciativa de Adaptação da África, lançada em 2015 durante a COP21, que levou ao Acordo de Paris sobre o Clima.
Por meio do ADB, o continente mobilizou metade desse valor e pede aos países desenvolvidos que financiem o mesmo montante.
"US$ 25 bilhões em cinco anos não são suficientes para completar a lacuna de financiamento para a adaptação", frisou o presidente congolês, lembrando que o continente recebe apenas em torno de US$ 6 bilhões de ajuda climática.
As descumpridas promessas de financiamento por parte dos países ricos aos mais pobres, expostos aos crescentes estragos de secas, incêndios e inundações causados pelo aquecimento global, é um dos temas mais quentes da COP de Glasgow.
O presidente britânico da COP, Alok Sharma, apoiou a iniciativa e reconheceu que "as necessidades são amplas, e a injustiça, grande".
Ela também anunciou cerca de US$ 200 milhões em novos fundos procedentes de Londres, o que deve "desbloquear um total de quase US$ 1,2 bilhão".
"E haverá mais", prometeu.
GLASGOW