Após dois dias de debate acirrado, o Congresso, dominado pela oposição, outorgou a confiança ao gabinete nomeado por Castillo em 6 de outubro, liderado pela advogada Mirtha Vásquez, por 68 votos a 56, e uma abstenção.
A aliança governamental de Castillo está no poder desde 28 de julho. Parte da ala dura do governismo deu as costas a Castillo. Dezesseis congressistas desse grupo, incluindo o ex-chefe de gabinete do presidente, Guido Bellido, negaram o voto de confiança.
O gabinete de 19 membros liderado por Mirtha Vásquez é o segundo nomeado por Castillo em 100 dias de governo e, para se manter funcionando, precisava do apoio do Congresso, conforme determina a Constituição.
A aprovação foi concedida após a substituição de Luís Barranzuela como ministro do Interior. Ele pediu demissão esta semana, após permanecer menos de um mês no cargo, devido a fortes críticas por ter realizado uma festa em sua residência, violando uma medida de restrição contra a Covid-19.
O pedido de confiança requeria 66 votos a favor em um Congresso fragmentado, onde o partido no poder, Peru Livre (marxista), é a principal minoria, com 37 das 130 cadeiras, embora a divisão mostrada seja um sinal de fragilidade do governo.
Mirtha Vásquez foi nomeada há um mês, quando Castillo demitiu Guido Bellido, fortemente questionado por contradizer o presidente, e outros seis ministros. Em agosto, o presidente também mudou de chanceler.
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