O jornal econômico japonês Nikkei informa que as três unidades ficariam responsáveis pela infraestrutura, aparelhos e semicondutores, com cotação na Bolsa, possivelmente em dois anos.
Procurada pela AFP, a Toshiba afirmou que a opção de dividir os negócios está sendo considerada, mas que uma decisão ainda não foi tomada.
De acordo com o Nikkei, que não cita fontes, a medida pode ser anunciada na sexta-feira, quando a Toshiba apresentará um balanço e o novo plano de negócios a médio prazo.
"Estamos elaborando um plano de negócios a médio prazo para aumentar nosso valor corporativo e dividir nossos negócios é uma das opções, mas não há nada decidido oficialmente", disse à AFP o porta-voz da Toshiba, Tatsuro Oishi.
A decisão, caso confirmada, aconteceria após um período de turbulência na empresa, que já foi símbolo do avanço tecnológico e força econômica japonesa.
Os acionistas votaram em junho para destituir o presidente da diretora após vários escândalos e prejuízos.
A medida foi anunciada após uma investigação independente que revelou que a Toshiba tentou impedir que os acionistas exercessem os direitos de voz e voto.
A decisão de dividir os negócios da Toshiba é vista pelos idealizadores da iniciativa como uma forma de maximizar o valor combinado de mercado das operações da Toshiba, mas pode ter consequências adversas, advertiu Hidei Yasuda, analista do Ace Research Institute.
Ele afirmou que, com a divisão, os segmentos individuais da Toshiba ficariam potencialmente mais vulneráveis, enquanto os lucros de uma unidade não poderão cobrir as perdas de outra.
O jornal Nikkei destacou que a divisão de um conglomerado foi uma estratégia de sucesso para empresas dos Estados Unidos, como a Hewlett-Packard.
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