O texto evoluirá em consonância com o avanço do trabalho dos ministros para a conclusão da cúpula neste fim de semana.
Depois de dez dias de negociações em Glasgow, este primeiro rascunho da declaração final pede aos participantes que "revisem e fortaleçam" seus planos de descarbonização para o próximo ano, depois que os dados mostraram que as metas atuais estão muito longe de limitar o aquecimento global a +1,5ºC.
Esta versão do rascunho ressalta que limitar o aquecimento a +1,5°C "requer uma ação significativa e eficaz de todas as partes nesta década crítica". A próxima revisão da meta foi agendada para 2025.
O projeto ressalta, no entanto, que "reduções rápidas, profundas e sustentadas das emissões globais de gases de efeito estufa" são necessárias para evitar os piores impactos do aquecimento. O fenômeno já afeta países no mundo todo, com inundações, secas e tempestades mais intensas.
Anfitrião da cúpula anual sobre o clima sob a égide da ONU, o governo britânico apresentou a COP26 como uma oportunidade-chave para "manter viva a meta de +1,5°C".
De acordo com a estimativa publicada na terça-feira (9) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), porém, todos os novos compromissos somados até agora em Glasgow continuariam levando a Terra para um aquecimento "catastrófico" de +2,7°C, ou +2,1°C, na melhor das hipóteses.
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