Os Estados Unidos decidiram adiar em pelo menos um ano a próxima missão tripulada à Lua. Segundo Bill Nelson, chefe da agência espacial americana, a Nasa, agora, a missão está prevista para a partir de 2025. A meta anterior, de 2024, foi estipulada pelo governo do ex-presidente Donald Trump, quando lançou o programa Artemis. Desde então, a iniciativa enfrentou vários atrasos, inclusive no desenvolvimento dos veículos necessários à empreitada espacial.
Nelson também revelou que, "algum tempo antes" de os humanos pisarem na superfície lunar, haverá um pouso não tripulado no satélite. "A boa notícia é que a Nasa está fazendo avanços sólidos", disse, citando o fato de que a cápsula de tripulação Orion está no topo do foguete gigante Space Launch System (SLS), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
A agência prevê uma primeira missão, a Artemis 1, para fevereiro de 2022, e está comprometida para a missão com um custo total de US$ 9,3 bilhões, valor que abrangerá o período entre 2012 e 2024 e é acima da estimativa anterior, de US$ 6,7 bilhões. Para cumprir os novos cronogramas, porém, será necessário mais financiamento do Congresso, alerta o chefe da Nasa.
Os humanos pousaram na Lua, pela última vez, em 1972, na missão Apollo 17. Segundo a Nasa, o programa Artemis incluirá a primeira mulher e a primeira pessoa negra a pisar na superfície do satélite natural da Terra. A agência quer construir uma presença sustentável na Lua e usar as lições aprendidas lá para desenvolver uma missão tripulada a Marte na década de 2030.