Um tribunal de execução dispôs na quarta-feira (10) "o embargo das contas bancárias dos sentenciados por crime de suborno" no caso conhecido como 'Sobornos 2012-2016', entre eles Correa, que vive na Bélgica desde 2017, quando deixou o poder, assinalou a Procuradoria em comunicado.
O ex-vice-presidente Jorge Glas e outras 16 pessoas - entre ex-funcionários e empresários - também foram condenadas por participar de um esquema de corrupção no qual funcionários e agentes públicos receberam propina em troca de contratos durante o mandato de Correa.
Além disso, Glas cumpre, desde 2017, uma pena de seis anos de prisão por receber propina da construtora brasileira Odebrecht. Em janeiro, foi sentenciado a outros oito anos de prisão por mau uso de recursos públicos em um contrato no setor de petróleo.
A Procuradoria acrescentou que também solicitará ao tribunal "que determine o embargo dos bens móveis e imóveis registrados no nome dos condenados".
Correa, que é considerado foragido da Justiça equatoriana, foi vinculado ao caso por causa de 6 mil dólares que foram depositados em sua conta e alega que se tratou de um empréstimo de um fundo partidário.
O ex-mandatário também afirma que o julgamento foi uma perseguição política por parte de seu ex-aliado, o ex-presidente Lenín Moreno. A sentença pelo caso 'Sobornos 2012-2016' foi ratificada em julho de 2020.
"A Procuradoria Geral do Estado não cessará em seu trabalho de fazer cumprir o disposto nas sentenças ditadas pelos juízes competentes e, desta maneira, restituir o dano causado ao Estado equatoriano", assinalou a entidade.
As penas por peculato, suborno, concussão e enriquecimento ilícito são imprescritíveis no Equador.
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