Os ocupantes da embarcação, que ficou à deriva por pelo menos uma semana, são oriundos do norte da África, da região do Magrebe.
Durante o resgate, três deles foram levados em um helicóptero a um hospital da ilha para receber atendimento de urgência.
Ao chegarem ao porto de Arguineguín, em Gran Canária, vários ocupantes da embarcação foram conduzidos para centros de saúde para receber tratamento, informou o serviço de emergência do arquipélago espanhol situado no Oceano Atlântico, perto da costa noroeste da África.
A embarcação foi avistada por um veleiro francês por volta das 18h00 locais (15h00 no horário de Brasília), a cerca de 38 milhas náuticas do sul da ilha, informou à AFP a Sociedade de Salvamento e Segurança Marítima (Sasemar) da Espanha, que enviou um navio de resgate ao local. Ainda não se sabe de onde e quando exatamente a embarcação dos migrantes havia zarpado.
Ao chegar no local, a Sasemar constatou a presença de sete corpos entre os ocupantes de pequena embarcação e recorreu à ajuda de um helicóptero para transportar os três migrantes que precisavam de assistência urgente.
Na mesma noite, outro barco com 36 migrantes foi localizado oito milhas ao sul de Gran Canária, com todos os ocupantes em bom estado. Neste grupo, havia uma mulher e uma criança, segundo o serviço de emergência das Ilhas Canárias.
Esses dramas migratórios são recorrentes nas costas espanholas, que os imigrantes tentam alcançar, apesar dos perigos, a partir do Marrocos ou da Argélia, principalmente.
No total, 32.713 imigrantes chegaram por mar à Espanha entre janeiro e outubro deste ano, 24,2% a mais que no mesmo período de 2020, de acordo com os números do Ministério do Interior.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 2021 já é o ano mais mortal na rota migratória até a Espanha, com pelos menos 1.025 óbitos.
A rota até as Ilhas Canárias é particularmente perigosa. Ao menos 785 personas morreram tentando alcanças as praias do arquipélago entre janeiro e agosto deste ano, segundo a OIM.
BARCELONA