Com o céu escurecido por uma nuvem de fumaça cinza, dificuldades respiratórias da população e monumentos desaparecendo na névoa, o governo da Índia ordenou o fechamento de escolas por uma semana e a paralisação de obras de construção por quatro dias a partir de segunda-feira (15/11), devido à situação crítica da qualidade do ar, classificada neste domingo como "muito ruim" pela principal agência de monitoramento ambiental da Índia, chamada Safar. Os funcionários públicos vão trabalhar de casa durante uma semana.
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Após COP26, cientistas cobram ações rápidas contra catástrofe ambientalÁustria anuncia confinamento de não vacinados a partir de segunda-feiraEntenda quais pautas climáticas avançaram na COP-26Exército dos EUA considera 'legítimo' ataque que matou civis na SíriaCom torção nas costas, Rainha Elizabeth II falta a cerimônia em LondresBoris Johnson diz que acordo da COP26 tem um pouco de decepçãoOrquestra com 12 mil músicos venezuelanos tenta entrar no GuinnessEntre as muitas cidades indianas que enfrentam o problema, Nova Délhi está no topo da lista todos os anos. A crise se agrava especialmente no inverno, quando as queimadas de resíduos agrícolas nos estados vizinhos coincide com temperaturas mais baixas, que geram uma fumaça tóxica.
Essa fumaça chega a Nova Délhi, onde causa poluição em uma cidade de mais de 20 milhões de habitantes e agrava uma crise de saúde pré-existente.
Governo estudo bloqueio de cidade
A autoridade eleita de mais alto escalão da cidade, Arvind Kejriwal, disse que um bloqueio total da cidade provavelmente seria declarado, mas a decisão seria tomada após consulta ao governo federal.Os problemas com poluição não se limitam a Nova Délhi. Em outras áreas urbanas da Índia, a má qualidade do ar tem sido associada às emissões de indústrias sem tecnologia de controle de poluição e do carvão, que ajuda a produzir a maior parte da eletricidade do país.
Na cúpula do Clima em Glasgow, a Índia pediu no sábado (13/11) uma mudança de última hora para chegar a um acordo final nas negociações climáticas cruciais. O país pediu para que se usasse o termo "redução" ao invés do "abandono" da energia movida a carvão.