Militares armados com fuzis e escopetas aumentaram neste domingo (14/11) a segurança no perímetro externo da penitenciária de Guayaquil, em apoio às forças policiais, após a rebelião que deixou 68 presos mortos e mais de 20 feridos no Equador.
Na penitenciária de Guayas 1, que tem 8.500 detentos e uma superlotação de 60%, presos de outros blocos atacaram com armas de fogo e explosivos, na madrugada de sexta para sábado, o pavilhão 2, deixando ao menos 68 mortos e 28 feridos, segundo as autoridades.
No sábado (13/11), a violência se estendeu para outros blocos, mas sem que houvesse registro de novas vítimas. O porta-voz da Presidência do Equador, Carlos Jijón, encerrou o dia informando que a situação estava "controlada em toda a Penitenciária" com a intervenção de 900 policiais.
Pior massacre da América Latina
Em setembro, a mesma prisão foi cenário de um dos piores massacres carcerários da América Latina, com 119 detentos mortos.Desde então, a violência não cessou no complexo penitenciário devido a uma guerra entre facções rivais vinculadas aos cartéis internacionais do narcotráfico, que disputam o poder dentro e fora das prisões, e que já deixou mais de 200 mortos até agora.
Estado de emergência
Os militares foram mobilizados para apoiar a polícia no controle do sistema penitenciário do país, após a declaração do estado de emergência.Contudo, eles não têm autorização para entrar nas penitenciárias, depois que o Tribunal Constitucional limitou o estado de exceção ordenado pelo presidente conservador Guillermo Lasso para tentar restabelecer a ordem nas prisões do país.
Além de Guayas 1, a presença militar foi ampliada para outras penitenciárias do país, com base no estado de emergência.
As Forças Armadas "intensificam as operações de segurança complementares no entorno do Centro de Reabilitação Social Masculino do cantão de Machala, com o objetivo de manter a ordem e o controle do centro carcerário, garantindo a segurança da população", escreveu neste domingo no Twitter o Comando Conjunto da instituição.