Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Exército dos EUA considera 'legítimo' ataque que matou civis na Síria


O Exército dos Estados Unidos invocou a "legítima defesa" para justificar um ataque aéreo de 2019 na Síria, que deixou civis mortos, depois que o jornal New York Times publicou uma investigação que acusa o Pentágono de ter tentado dissimular a morte dos não combatentes.



Segundo a reportagem publicada no sábado (13/11), uma força especial americana que operava na Síria, muitas vezes em sigilo total, bombardeou em três ocasiões, em 18 de março de 2019, um grupo de civis perto de Baghouz, o último bastião do grupo Estado Islâmico (EI) na região, matando 70 pessoas, que incluíam mulheres e crianças.

O jornal afirma que um procurador militar "classificou o ataque como um possível crime de guerra", mas "o Exército adotou medidas que dissimularam o ataque catastrófico".

"Legítima defesa"

O Comando Central das Forças Armadas americanas indicou em um comunicado neste domingo (14) que uma investigação militar determinou que foram "ataques em legítima defesa", "proporcionais" e que "medidas apropriadas foram estabelecidas para excluir a presença de civis".

A investigação do Pentágono indica que, além de 16 combatentes do EI, pelo menos quatro civis morreram no ataque e outros oito ficaram feridos.

A investigação militar não permitiu "determinar com certeza o status de mais de 60 outras vítimas" desses bombardeios, segundo o comunicado.

Algumas mulheres e algumas crianças, "seja por doutrinação ou por escolha, decidiram pegar em armas e, por isso, não puderam ser estritamente identificados como civis", concluiu o Comando Conjunto.

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