Cerca de 21 milhões de venezuelanos são chamados às urnas neste domingo para eleger 23 governadores e 335 prefeitos, além de legisladores municipais e regionais, em um processo no qual as principais organizações de oposição decidiram participar após três anos de boicote e apelos à abstenção.
As eleições incluirão também uma missão de observação da União Europeia, que regressa ao país após 15 anos.
A segurança dos processos eleitorais na Venezuela normalmente recai sobre as Forças Armadas no chamado Plano da República, que inclui a guarda dos centros de votação, material eleitoral e instalações do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
"Esta Operação República terá características conjuntas e unificadas com a interoperabilidade das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas e do Ministério do Poder Popular de Relações Internas, Justiça e Paz e o envio de 356.586 militares para todo o território nacional", disse o chefe do Comando Operacional Estratégico, Domingo Hernández.
"A operação abrangerá 14.262 centros de votação, além das instalações do Conselho Nacional Eleitoral", acrescentou o responsável durante o ato de desdobramento da operação realizado em Caracas.
Do total de seguranças, 98.277 serão policiais, disse o ministro do Interior, Remigio Ceballos, que também anunciou que manifestações e comícios, assim como a venda de bebidas alcoólicas, estão proibidos a partir de sexta-feira.
A promotoria, por sua vez, anunciou que habilitará quase 1.000 promotores para documentar crimes eleitorais.
Da mesma forma, Hernández destacou que as agências de segurança "fornecerão proteção de escolta para observadores internacionais", que incluem painéis de especialistas das Nações Unidas e do Centro Carter, além da ampla missão europeia.
"Não há porque duvidar e questionar, aqui e em lado nenhum do mundo, este novo processo eleitoral que para nós será novamente uma festa pela paz, pela República, pela nossa democracia", alertou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, presente no evento.
As mais de 30.000 assembleias de voto serão montadas nesta sexta-feira. Todo o processo eleitoral envolve cerca de 500 mil pessoas, segundo o presidente da CNE, Pedro Calzadilla.
CARACAS