Jornal Estado de Minas

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Opositor cubano Yunior García vai à Espanha após protestos frustrados

O dramaturgo cubano Yunior García, um dos promotores da frustrada manifestação da última segunda-feira (15) em Cuba, viajou inesperadamente para a Espanha - informaram fontes do governo espanhol à AFP nesta quarta-feira (17).



"Confirmamos que ele e sua esposa chegaram, com visto de turista", disseram as fontes, sem dar mais detalhes.

Desde domingo, não há notícias de García, líder do grupo opositor Archipiélago, que foi impedido de se manifestar em uma grande avenida de Havana. Um colaborador foi a sua casa na terça-feira e não obteve resposta.

García é um dramaturgo de 39 anos que emergiu como uma das vozes mais importantes da oposição cubana, na qual os artistas ganharam grande importância.

Ele foi o organizador do protesto de 15 de novembro, frustrado pelas autoridades com um grande destacamento das forças de segurança.

Como o protesto foi proibido, García anunciou que marcharia na véspera, sozinho, por uma avenida central de Havana, para minimizar os riscos de violência.

O motivo de marchar sozinho foi apresentado como "uma decisão pessoal", pois não podia se comunicar com seus companheiros, após o corte das comunicações, disse ele.

"Marchar é um direito humano, é um direito constitucional", disse ele em entrevista à AFP em meados de outubro.

O governo comunista acusou-o de ser dirigido por Washington, três meses após as históricas manifestações de 11 de julho.

Após ser preso durante as manifestações, Yunior García optou por criar o Archipiélago, um grupo de debate político no Facebook que pretende ser um laboratório para uma "Cuba plural", em um país onde o único partido permitido é o comunista.



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