"O povo saarauí decidiu e tomou a decisão soberana de intensificar sua guerra justa de libertação por todos os meios legítimos e em primeiro lugar a luta armada até o estabelecimento da soberania da República Saarauí sobre todo o seu território", disse Ghali na abertura de uma reunião da direção da Polisário, segundo a agência de notícias saarauí SPS.
Em 13 de novembro de 2020, um cessar-fogo concluído em 1991 entre o Marrocos e a Frente Polisário, sob os auspícios da ONU, terminou abruptamente após a mobilização de tropas marroquinas no extremo sul do Saara Ocidental para desalojar os separatistas que bloqueavam a única estrada para a Mauritânia, ilegal segundo a Polisário.
Desde então, a organização declarou estado de guerra.
No fim de outubro, o Conselho de Segurança da ONU instou "as partes" a retomar as negociações "sem condições prévias e de boa fé", aprovando uma resolução que prorrogava em um ano a missão da ONU na região em disputa.
O Saara Ocidental é considerado um "território não autônomo" pela ONU na falta de um acordo definitivo.
Rabat, que controla quase 80% do território, propõe um plano de autonomia sob sua soberania.
Os separatistas da Frente Polisário, por sua vez, continuam exigindo um referendo de autodeterminação.
O status deste território é a principal disputa entre os dois pesos pesados do Magreb, Marrocos e Argélia, principal apoio da Polisário.
No fim de agosto, a Argélia rompeu relações diplomáticas com o Marrocos devido às "ações hostis" do país, uma decisão considerada "totalmente injustificada" por Rabat.
As tensões voltaram a crescer nas últimas semanas depois que a Argélia informou no início de novembro sobre um atentado atribuído ao Marrocos, que causou a morte de três caminhoneiros argelinos em território saarauí.
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