"Há quatro anos que não voto, a minha última votação foi em 2017 e no domingo vou votar (...) Não deixem de votar, acho que temos que reencontrar esse direito e é isso que vou fazer fazer e tenho certeza que milhões de venezuelanos também o farão", disse ele durante uma entrevista coletiva em Caracas.
O apelo de Capriles ocorre em um momento de profundas divisões na oposição venezuelana, que não obteve candidaturas individuais na maioria das regiões.
O dirigente destacou que o grande adversário a derrotar é o governo do presidente Nicolás Maduro.
"O adversário não é (Juan) Guaidó, nem qualquer outra liderança das forças democráticas, o adversário é Maduro", disse Capriles, referindo-se ao líder opositor reconhecido como presidente da Venezuela por cinquenta países, embora na prática Maduro exerça o poder.
"O debate é normal, ninguém precisa se escandalizar porque há um debate nas forças democráticas (...) Na minha opinião tem que vir um relançamento das forças democráticas e uma nova etapa para o futuro", disse.
Em declarações em 21 de outubro, Capriles, que perdeu para Hugo Chávez nas eleições de 2012 e um ano depois, após a morte do então presidente, para Maduro por uma pequena margem, lançou um apelo pelo fim de uma "dispersão fatal" dentro da oposição dividida.
Cerca de 21 milhões de venezuelanos são convocados a eleger 23 governadores e 335 prefeitos, além de legisladores municipais e regionais, em um processo no qual os principais partidos de oposição decidiram participar após três anos de boicote e pedidos de abstenção.
As eleições contarão com uma missão de observação da União Europeia, que retorna ao país depois de 15 anos, além do Carter Center, fundado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que retorna à Venezuela após oito anos de ausência.
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