Osman Kavala, figura chave da sociedade civil, acusado pelo regime do presidente Recep Tayyip Erdogan de tentativa de desestabilizar a Turquia, pode ser condenado à prisão perpétua.
Como havia antecipado, Kavala se negou a comparecer e a ser representado. "Negaram nosso direito a um julgamento justo. Portanto, não apresentamos uma defesa hoje", declarou diante do tribunal seu advogado, Tolga Aytore.
O Conselho da Europa ameaçou em setembro a Turquia com sanções que podem ser adotadas em sua próxima sessão, que começa na terça-feira, caso Kavala não seja liberado.
Neste caso, a Turquia seria o segundo país a sofrer um "procedimento de infração". Até agora, apenas a Rússia foi suspensa com base neste procedimento, de 2017 a 2019.
"É infeliz, realmente não sei no que (o governo) pensa", declarou à AFP um diplomata presente no tribunal nesta sexta-feira, e que pediu anonimato.
"A Turquia é membro do Conselho da Europa e deve respeitar suas decisões. Em caso contrário, vai ficar em uma situação delicada", completou.
A próxima audiência foi programada para 17 de janeiro no Tribunal de Istambul.
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