A afegã Sharbat Gula, que ficou conhecida mundialmente por estampar a capa da revista National Geographic, em 1985, conseguiu exílio na Itália após deixar o Afeganistão com a tomada do país pelo Talibã em agosto. A Itália é um dos países europeus que mais têm recebido refugiados afegãos fugindo do regime.
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Restrições de viagens com África do Sul por nova variante preocupam e revoltam setor de turismoIndiano constrói cópia do Taj Mahal como prova de amor por sua esposaBélgica anuncia primeiro caso na Europa da nova variante do coronavírusEuropa se fecha para evitar nova variante da COVID-19 detectada na ÁfricaA afegã de olhos verdes ficou conhecida depois de pousar para o fotógrafo Steve McCurry em um campo de refugiados em Pexauar, no Paquistão, quando ela tinha apenas 12 anos. Na época, Sharbat Gula deixou o Afeganistão devido aos conflitos que o país vivia com a ocupação soviética. Sharbat Gula ficou órfã com apenas seis anos e foi a pé para o Paquistão com seus irmãos e sua avó.
A capa de 1984 se tornou uma das mais conhecidas da revista. A fotografia chegou a ser comparada com a Mona Lisa, quadro de Leonardo da Vinci. "Sharbat Gula adquiriu notoriedade mundial, a ponto de simbolizar as vicissitudes e conflitos da fase histórica pela qual o Afeganistão e seu povo estavam passando", destaca o comunicado da Itália.
Steve McCurry voltou a encontra-la em 2002, quando ela vivia em Nasir Bagh, no Paquistão. Sharbat Gula deixou o país e voltou para o Afeganistão em 2016 depois que o governo paquistanês a acusou de comprar uma identidade falsa para ficar no país. De volta ao país natal, ela ganhou uma casa do governo afegão e um salário de aproximadamente R$ 2.400 mensais.