A dose de reforço, que até agora estava reservada aos maiores de 40 anos, deveria ser oferecida três meses após a segunda, ao invés dos seis atuais, aconselharam os especialistas do Comitê Conjunto sobre Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês) em coletiva de imprensa.
Além disso, os especialistas recomendaram que as crianças de 12 a 15 anos recebam a segunda dose da vacina contra o coronavírus três meses depois de receber a primeira.
Pedindo uma ação rápida, mas sem difundir pânico, o professor Jonathan Van-Tam, subdiretor médico da Inglaterra, qualificou de "preocupante" a variante ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul e já detectada em diversos países.
O número de mutações presentes nessa variante, "nos faz temer a possibilidade de algum efeito relacionado com a eficácia da vacina", explicou Van-Tam.
Até agora, foram registrados 11 casos da variante ômicron no Reino Unido: cinco na Inglaterra e seis na Escócia, alguns deles sem relação com viagens ao exterior.
Com mais de 144.700 mortes desde o início da pandemia, o Reino Unido é um dos países mais afetados pela covid-19. No total, mais de 88% dos maiores de 12 anos já receberam a primeira dose da vacuna, mais de 80% a segunda e mais de 30% a dose de reforço.
Está previsto que o ministro da Saúde, Sajid Javid, anuncie ante o parlamento medidas de restrição temporárias contra a nova variante.
Devido à emergência provocada pela cepa ômicron, o Reino Unido convocou nesta segunda uma reunião dos ministros da Saúde de G7. Neste ano, a presidência rotatória é da organização é do governo britânico.
LONDRES