Os magistrados fizeram o anúncio no último dia do julgamento, no qual a defesa voltou a pedir a absolvição do ex-político conservador, de sua esposa, Penelope Fillon, e de seu suplente como deputado, Marc Joulaud.
Na véspera, a promotoria tinha pedido cinco anos de prisão a Fillon, entre eles um de cumprimento obrigatório com pulseira eletrônica, assim como multa de 375.000 euros (cerca de 425.000 dólares).
Para Penelope Fillon, o Ministério Público pediu dois anos de prisão com direito a sursis e multa de 100.000 euros (113.000 dólares), assim como três anos de prisão com sursis para Marc Joulaud.
A data do veredicto poderia ser atrasado, se o tribunal acabar decidindo enviar em 14 de dezembro a um tribunal superior duas questões prioritárias de constitucionalidade apresentadas.
O julgamento durou um ano e meio depois que Fillon foi condenado em primeira instância a cinco anos de prisão - dois deles de cumprimento obrigatório -, além de multa de 375.000 euros (430.000 dólares) e dez anos de inabilitação.
O escândalo remonta a janeiro de 2017, quando o semanário 'Le Canard enchaîné' revelou o "Penelopegate" em plena campanha pela eleição presidencial de 2017 e que levou à abertura de uma investigação.
Fillon, grande favorito das pesquisas até aquele momento como exemplo de integridade, foi denunciado seis semanas antes do primeiro turno e não conseguiu passar para o segundo. Ele sempre alegou inocência.
Entre 1998 e 2013, sua esposa recebeu um total de 613.000 euros por um cargo de assistente parlamentar de seu marido quando ele era deputado e, posteriormente, de seu suplente, cargo que, segundo a acusação, ela nunca ocupou.
Na primeira instância, Penelope Fillon foi condenada a três anos de prisão com sursis, a 375.000 euros de multa e a dois anos de inabilitação. Joulaud foi condenado a três anos de prisão condicional, 20.000 euros de multa e cinco anos de inabilitação.
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