"A violência começou a partir de uma disputa e foi ficando mais séria, com seis pessoas mortas no sábado, e então mais de 40 pessoas morreram no domingo", disse o governador de Darfur Ocidental, Khamis Abdallah, à AFP.
Por sua vez, o Comitê de Médicos, um sindicato, relatou "48 mortes por arma de fogo" na região de Krink.
Membros de tribos árabes e de outras tribos de diferentes etnias africanas participaram dos confrontos. A violência foi tão acentuada que as autoridades enviaram tropas para a área.
"Os confrontos de domingo duraram, ininterruptamente, das 5 da manhã às 4 da tarde", explicou o governador Abadallah.
No dia 17 de novembro houve confrontos entre criadores de animais que se acusavam mutuamente de roubo de camelos. Esse episódio terminou com 50 mortes e o incêndio de 594 casas, segundo a ONU.
Além disso, mais de 6.600 sudaneses foram forçados a deixar suas casas e um terço deles fugiu para o vizinho Chade, de acordo com as Nações Unidas.
O acesso dos trabalhadores humanitários a Darfur Ocidental é "restrito", apesar de os habitantes necessitarem de "alimentação, abrigo e acesso a água e serviços sanitários", sublinha a ONU.
Darfur, uma grande região regularmente atormentada por combates, causados principalmente por disputas territoriais e problemas de acesso à água, foi palco de uma longa guerra que desde 2003 causou pelo menos 300 mil mortos e 2,5 milhões de desabrigados, segundo a ONU.
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