A menos de três semanas para o Natal, o Executivo também anunciou o fechamento de boates a partir da sexta-feira por um mês e pediu aos franceses para "reduzirem o ritmo" de seus contatos sociais, em pleno aumento dos contágios.
"Temos os meios para passar por esta quinta onda. Cabe a nós sermos responsáveis", disse em coletiva de imprensa o primeiro-ministro, Jean Castex, após urgir que os franceses se vacinem e que as empresas estendam o teletrabalho "até três dias" por semana.
Estas medidas foram discutidas durante uma reunião do conselho de defesa sanitária pela manhã. O governo, que quer evitar voltar a impor restrições como toques de recolher ou confinamentos, quer que os franceses apliquem as medidas de distanciamento ou impulsionar a vacinação.
Embora a incidência em crianças de entre 6 e 10 anos tenha aumentado nas últimas semanas, acima dos 600 casos por cada 100.000, o governo descartou adiantar as férias em uma semana, como autorizado pela vizinha Bélgica, mas reforçou o protocolo nas escolas de ensino fundamental.
Os alunos deverão agora usar a máscara obrigatoriamente também nos espaços ao ar livre das escolas e a quantidade de alunos nos refeitórios será limitada, além da alteração nas atividades físicas realizadas em espaços fechados, segundo a fonte do governo.
Sobre a possibilidade de ampliar a vacinação dos menores de idade para a faixa de 5 a 11 anos, como autorizou recentemente a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para a vacina Pfizer, o Executivo francês prefere esperar primeiro as opiniões do Conselho Nacional de Ética e da Alta Autoridade de Saúde "se for possível antes do fim do ano".
Outra medida anunciada é que os maiores de 65 anos poderão se vacinar em qualquer centro sem a necessidade de agendamento prévio. Para tentar frear a propagação do vírus, o chefe de governo pediu para "ampliar e reforçar" o "escudo das vacinas".
Além do número de novos casos, que no domingo foi de 42.252, na França preocupa também o número de pacientes hospitalizados, que nesta segunda-feira ultrapassou os 11.000, um limite nunca visto desde o final de agosto.
Mesmo que quase todos os casos continuem sendo vinculados à variante delta, outra das preocupações é a propagação da ômicron. Segundo o último balanço oficial, nesta segunda-feira a França confirmou 25 casos desta última cepa.
audima