Vázquez "foi um grande defensor e amigo do carnaval", disse o secretário da associação dos diretores do carnaval (Daecpu), Carlos Nípoli, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, no primeiro aniversário da morte do ex-presidente.
"É uma parte substancial da nossa cultura", acrescentou a prefeita de Montevidéu, Carolina Cosse, que pertence à esquerdista Frente Ampla, partido que levou Vázquez às suas duas presidências (2005-2010, 2015-2020).
O carnaval da capital uruguaia, considerado um dos mais longos do mundo, volta neste verão após um ano de suspensão devido à pandemia.
A festa popular começa todos os anos no final de janeiro com o desfile de grupos que depois, ao longo de fevereiro e às vezes parte de março, concorrem com apresentações no Teatro de Verão.
Esse anfiteatro a céu aberto, com capacidade para cerca de 4.000 pessoas, receberá 100% do público vacinado contra a covid-19, confirmaram as autoridades.
Resta definir qual será o protocolo para os demais "tablados", palcos nos bairros onde grupos carnavalescos também se apresentam.
Ainda em fevereiro, geralmente uma semana após o Desfile de Carnaval, acontece o Desfile de Chamadas, com a participação de dezenas de comparsas e cordas de tambores que percorrem vários quarteirões tocando a chave do candombe, ritmo com raízes afro.
Tanto o concurso oficial no Teatro de Verão, quanto os tablados nos bairros e os dois desfiles atraem milhares de pessoas que saem às ruas até tarde da noite.
No Brasil, o prefeito do Rio de Janeiro condiciona há semanas a realização de seu carnaval mundialmente famoso à situação epidemiológica. Já a comissão científica de nove estados do nordeste recomendou na semana passada que não se realizem carnavais na região.
MONTEVIDÉU