Os irmãos Josmell Espinoza, 32, e Carlos Espinoza, 40, admitiram ter conspirado para cometer fraude eletrônica de várias centrais de atendimentos peruanas de sua propriedade, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
O caso envolve outros cinco peruanos, que já foram condenados este ano a entre 90 e 110 meses de prisão após sua extradição para os Estados Unidos.
Entre abril de 2011 e julho de 2019, os irmãos Espinoza e seus cúmplices - Henry Milla, Evelyng Milla, Jerson Renteria, Fernan Huerta e Omar Cuzcano - enganaram milhares de pessoas por telefone, a maioria imigrantes hispânicos que estavam nos Estados Unidos há pouco tempo.
Os réus diziam a seus interlocutores que deveriam pagar por cursos de inglês ou produtos educacionais não solicitados e alegavam que, se não o fizessem, poderiam ser presos e deportados.
Quando as vítimas não enviavam o dinheiro, os golpistas se faziam passar por advogados, agentes federais ou representantes de um chamado "tribunal de contravenção" para fortalecer a mentira.
Carlos Espinoza obteve mais de 1,3 milhão de dólares com essa fraude, e seu irmão Josmell, mais de 700 mil, segundo a acusação. O juiz federal Robert Scola, do Distrito Sul da Flórida, condenará os irmãos Espinoza em fevereiro de 2022.
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