Jornal Estado de Minas

MIAMI

Dois peruanos se confessam culpados de fraudar milhares de hispânicos nos EUA

Dois cidadãos peruanos se declararam culpados em um tribunal por fraudar milhares de residentes hispânicos nos Estados Unidos, fazendo-os pagar grandes somas de dinheiro por meio de falsas ameaças de prisão ou deportação, informaram as autoridades americanas nesta segunda-feira (6).



Os irmãos Josmell Espinoza, 32, e Carlos Espinoza, 40, admitiram ter conspirado para cometer fraude eletrônica de várias centrais de atendimentos peruanas de sua propriedade, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

O caso envolve outros cinco peruanos, que já foram condenados este ano a entre 90 e 110 meses de prisão após sua extradição para os Estados Unidos.

Entre abril de 2011 e julho de 2019, os irmãos Espinoza e seus cúmplices - Henry Milla, Evelyng Milla, Jerson Renteria, Fernan Huerta e Omar Cuzcano - enganaram milhares de pessoas por telefone, a maioria imigrantes hispânicos que estavam nos Estados Unidos há pouco tempo.

Os réus diziam a seus interlocutores que deveriam pagar por cursos de inglês ou produtos educacionais não solicitados e alegavam que, se não o fizessem, poderiam ser presos e deportados.

Quando as vítimas não enviavam o dinheiro, os golpistas se faziam passar por advogados, agentes federais ou representantes de um chamado "tribunal de contravenção" para fortalecer a mentira.

Carlos Espinoza obteve mais de 1,3 milhão de dólares com essa fraude, e seu irmão Josmell, mais de 700 mil, segundo a acusação. O juiz federal Robert Scola, do Distrito Sul da Flórida, condenará os irmãos Espinoza em fevereiro de 2022.

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