Este setor, muito lucrativo, experimenta um ressurgimento do interesse, em particular devido à entrada na corrida do turismo espacial dos bilionários Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson.
Após um hiato de uma década, o voo russo de quarta-feira marca o retorno da Agência Espacial Russa, Roscosmos, à arena, enquanto a indústria aeroespacial do país é atormentada por escândalos e perdeu terreno para os concorrentes americanos.
O empresário japonês de 46 anos, que fez fortuna na moda online, subirá na manhã de quarta-feira no foguete Soyuz junto ao seu assistente Yozo Hirano e ao cosmonauta Alexandre Missourkine.
Os dois japoneses passarão 12 dias a bordo da ISS.
"Estou animado como uma criança antes de uma excursão da escola", disse Maezawa em entrevista coletiva em Baikonur, cosmódromo russo no Cazaquistão, de onde decolará amanhã.
"Realmente desejo ver a Terra do espaço, viver a experiência da gravidade zero, constatar como o espaço muda as pessoas e observar como eu vou mudar depois deste voo", acrescentou.
Durante os 12 dias, seu assistente Hirano documentará em vídeo a estadia dos dois homens e suas interações a bordo da ISS.
O bilionário preparou uma lista de 100 atividades que deseja realizar. O cosmonauta Alexandre Missourkine, que pilotará Soyuz, considera que seus colegas terão uma agenda cheia. "Será um desafio fazer tudo", afirmou.
Ele planejou junto aos turistas espaciais um torneio "amigável" de badminton sem gravidade.
Por sua vez, Padre Serguiy, o papa ortodoxo, abençoou nesta terça-feira a nave espacial, como faz desde 1999 antes de cada lançamento em Baikonur. "Cada vez que decola, uma parte da minha alma parte com o foguete e a outra viaja ao espaço com cada tripulação", destacou à AFP em sua igreja de Baikonur.
"A cada decolagem, uma parte da minha alma voa da plataforma de lançamento com o foguete. E com cada tripulação, uma parte da minha alma vai para o espaço", disse ele à AFP em sua igreja de Baikonur.
"Quando eu os abençoo, fico responsável" pelos foguetes, acrescentou o religioso.
Este voo, o 380º, chega em um momento crucial para a indústria aeroespacial russa, prejudicada há anos por escândalos e em constante concorrência com empresas privadas dos Estados Unidos, particularmente com a Space X, propriedade do bilionário Elon Musk, que agora transporta passageiros para a ISS.
BAIKONUR