Jornal Estado de Minas

Nova Zelândia proíbe venda de cigarros para as próximas gerações

A Nova Zelândia vai proibir a venda de tabaco para sua próxima geração, em uma tentativa de acabar com o fumo.

Qualquer pessoa nascida depois de 2008 não poderá comprar cigarros ou produtos derivados do tabaco durante toda sua vida.





A proibição consta em uma lei que deve ser promulgada no próximo ano.

"Queremos garantir que os jovens nunca comecem a fumar", disse a ministra da Saúde do país, Ayesha Verall.

A medida faz parte de uma ampla repressão ao fumo anunciada pelo ministério da saúde da Nova Zelândia na quinta-feira.

Médicos e outros especialistas em saúde do país saudaram as reformas inéditas que reduzirão o acesso ao tabaco e restringirão os níveis de nicotina nos cigarros.

"Isso vai ajudar as pessoas a parar de fumar ou mudar para produtos menos nocivos e tornar muito menos provável que os jovens se tornem viciados em nicotina", diz a professora Janet Hook, da Universidade de Otago.

A Nova Zelândia está determinada a atingir uma meta nacional de reduzir sua taxa de fumantes para 5% até 2025, com o objetivo de eventualmente eliminá-la por completo.





Atualmente, cerca de 13% dos adultos da Nova Zelândia fumam, ante 18% há cerca de uma década. Mas a taxa é muito maior — cerca de 31% — entre a população indígena Maori, que também sofre uma taxa maior de doenças e morte.

O Ministério da Saúde da Nova Zelândia afirma que fumar causa um em cada quatro cânceres notificados no país e continua sendo a principal causa de morte evitável para sua população de 5 milhões de pessoas. O setor é alvo de legisladores há mais de uma década.

Como parte da repressão anunciada na quinta-feira, o governo também introduziu grandes controles ao tabaco, incluindo uma restrição significativa onde os cigarros podem ser vendidos, seja em supermercados ou mercearias.

O número de lojas autorizadas a vender cigarros será drasticamente reduzido de cerca de 8 mil para menos de 500, dizem as autoridades.

Nos últimos anos, o vaping — cigarros eletrônicos que produzem um vapor que também libera nicotina — vem se tornando muito mais popular do que os cigarros tradicionais entre as gerações mais jovens.

As autoridades de saúde da Nova Zelândia alertam, no entanto, que a vaping não é inofensiva. Os pesquisadores também encontraram agentes cancerígenos perigosos em líquidos para cigarros eletrônicos.





Mas em 2017 o país adotou o vaping como forma de ajudar os fumantes a parar de fumar.


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