Os testes da fase 1, com o objetivo de avaliar a segurança e a capacidade do produto em desencadear uma reação imunológica, foram realizados em 180 adultos.
O imunizante em estudo tem como alvo os subtipos de influenza A conhecidos como H1N1 e H3N2, os mais comuns, além das variantes Yamagata e Victoria.
Três concentrações foram avaliadas e, a partir de então, concluiu-se que a mais baixa (50 microgramas) foi mais benéfica.
Os níveis de anticorpos em participantes de 18 a 49 anos que receberam esta dose aumentaram dez vezes contra a gripe H1N1 e oito vezes contra o H3N2. Naqueles com mais de 50 anos, eles se multiplicaram por seis em comparação com as duas cepas.
Os principais efeitos colaterais foram dor no local da injeção, fadiga, dores musculares e dor de cabeça.
Uma dose ainda mais baixa será testada em estudos de fase 2, para os quais 500 participantes já foram selecionados.
Os testes da fase 3, com milhares de pessoas, devem avaliar a eficácia da vacina na prevenção da doença.
"Acreditamos que nossa tecnologia de RNA mensageiro está bem posicionada para atender a uma ampla necessidade em relação à gripe", disse o diretor da Moderna, Stéphane Bancel, em nota.
As vacinas contra a gripe atuais usam vírus inativados que perderam a capacidade de causar infecção, mas ainda podem desencadear uma resposta do sistema imunológico.
No entanto, a cepa usada deve ser selecionada com meses de antecedência e sua eficácia é de 40-60%.
A tecnologia de RNA mensageiro funciona de maneira diferente e permite, principalmente, uma celeridade no desenvolvimento e adaptação de vacinas, ao mesmo tempo que tem várias cepas como alvo em uma única injeção.
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WASHINGTON