"Trata-se de um apoio à Pemex para diminuir sua dívida em 20 bilhões de dólares", disse López Obrador em sua coletiva de imprensa matinal, em alusão ao plano apresentado por seu governo no começo de dezembro e que inclui, entre outras medidas, injetar 3,5 bilhões de dólares e uma redução da carga fiscal que a empresa paga.
Como parte desta inciativa, a Pemex anunciou uma recompra de bônus para melhorar o perfil dos vencimentos de sua dívida, que até o terceiro trimestre deste ano somavam 113 bilhões de dólares.
O governo espera estruturar o programa definitivo antes do fim do ano, disse o presidente.
López Obrador defendeu a iniciativa, informando que a Pemex "é uma empresa de todos os mexicanos e tem que ser apoiada pelo governo federal".
A petroleira, que perdeu cerca de 3,79 bilhões de dólares no terceiro trimestre de 2021, requer aumentar seus investimentos para reverter um declínio prolongado da sua produção, que caiu de 3,4 milhões de barris, em média, em 2004, para 1,7 milhão atualmente.
O governo de López Obrador, que assumiu em 2018, tem buscado aliviar as finanças da empresa, a qual considera um baluarte da soberania nacional.
Adicionalmente, o Congresso mexicano aprovou em 22 de abril uma reforma que reforça o controle do governo no processamento e na distribuição de hidrocarbonetos, o que segundo analistas visa a fortalecer a Pemex.
Em todo o ano de 2020, a empresa perdeu cerca de 23 bilhões de dólares no que qualificou da "pior crise da sua história" devido à pandemia de covid-19.
O plano financeiro da Pemex avança paralelamente ao de outras grandes empresas mexicanas, como a companhia aérea privada Aeroméxico, que após ser duramente afetada pela pandemia, trabalha em um projeto de reestruturação da sua dívida.
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