A multa de 65 milhões de coroas norueguesas (7,2 milhões de dólares, 6,3 milhões de euros) é a maior penalidade nesse caso no país escandinavo.
"Nossa conclusão é que o Grindr divulgou os dados de usuários a terceiros para publicidade comportamental sem base legal", disse Tobias Judin, chefe do departamento internacional da Autoridade Norueguesa de Proteção de Dados (DPA).
O Grindr, que se auto-intitula "o maior aplicativo de mídia social do mundo para gays, bissexuais, transexuais e queers", é acusado de compartilhar coordenadas de GPS, dados de perfis de seus usuários, como idade ou sexo, e o próprio fato de usarem o app, o que dá dicas sobre sua orientação sexual.
De acordo com a DPA norueguesa, a falta de informações claras e de aprovação explícita neste ponto viola o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) adotado pela União Europeia em 2018.
O aplicativo argumentou que os crimes foram cometidos antes de abril de 2020, quando alterou seus termos de uso.
"Discordamos veementemente do raciocínio da Datatilsynet (DPA), que se refere às práticas de consentimento de anos atrás, não às nossas práticas de consentimento atuais", reiterou Shane Wiley, diretor de privacidade do Grindr, na quarta-feira em um e-mail para a AFP.
OSLO