As manifestações acontecem dias depois de Saied prolongar a medida que congelou o Parlamento e atribuiu plenos poderes a si mesmo, cuja decisão foi tomada em julho, até a realização das eleições legislativas de 17 de dezembro de 2022.
Os opositores a Saied se reuniram no centro da capital para protestar contra o que chamam de "golpe de Estado", enquanto, há poucos metros dali, apoiadores do presidente se manifestavam contra a corrupção.
Os opositores de Saied, como o partido de inspiração islamista Ennahdha, se posicionaram contra as medidas do governo, mas muitos tunisianos, cansados de um sistema que percebem como corrupto e ineficaz, aceitaram com satisfação as decisões do presidente.
Nesta sexta-feira completam 11 anos desde que o vendedor ambulante Mohamed Bouazizi ateou fogo em si mesmo, um gesto que provocou manifestações em todo o país e derivou em um movimento mais amplo de protesto em toda a região, que ficou conhecido como Primavera Árabe.
Até agora, a data comemorativa da revolução era 14 de janeiro, quando o ditador Ben Ali partiu para o exílio. Contudo, Saied declarou este mês que a celebração oficial seria transferida para 17 de dezembro, pois ele considera que a revolução ainda não foi concluída.
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