Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Ao menos 100 militares participaram de 'atividades extremistas' nos EUA, diz Pentágono

Pelo menos 100 militares dos Estados Unidos participaram de alguma forma de "atividades extremistas proibidas" no ano passado, informou o Pentágono nesta segunda-feira (20), ao publicar novas diretrizes para os membros do serviço.



O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, ordenou em fevereiro de 2021 uma revisão das políticas do Departamento de Defesa para combater o extremismo dentro de suas fileiras.

A revisão foi realizada após a revelação de que dezenas de ex-membros do exército participaram do ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos Estados Unidos por apoiadores do ex-presidente Donald Trump.

"A esmagadora maioria dos homens e mulheres do Departamento de Defesa serve a este país com honra e integridade", esclareceu Austin em um comunicado que acompanha a publicação do relatório sobre o combate às atividades extremistas.

"Eles respeitam o juramento que fizeram de apoiar e defender a Constituição dos Estados Unidos", acrescentou. "Acreditamos que apenas alguns violam esse juramento ao participarem de atividades extremistas."

Segundo o porta-voz do Pentágono, John Kirby, "cerca de 100" integrantes do serviço militar americano da ativa ou da reserva se envolveram em atividades extremistas proibidas no ano passado.

Ele se recusou a especificar que tipo de atividade, mas citou a tentativa de derrubada do governo e o "terrorismo interno" como exemplos. O relatório não menciona os nomes dos grupos extremistas.

Entre suas recomendações estão uma maior capacitação e educação para os militares sobre o que constitui uma atividade extremista proibida.

"Isso inclui muito especificamente diretrizes para a as redes sociais, o que é permitido e o que não é, em relação a atividades extremistas proibidas", explicou Kirby.



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