Extremamente transmissível, a ômicron superou a variante delta em poucas semanas e representa 96,3% dos novos casos em três estados do noroeste do país (Oregon, Washington e Idaho), segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A notícia chega na véspera de um discurso sobre a covid-19 do presidente dos EUA, Joe Biden, previsto para terça-feira. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, já disse que ele não planeja "trancar o país" em resposta a esse aumento.
"É um discurso para delinear e ser direto e claro com o povo americano sobre os benefícios de ser vacinado, as medidas que vamos tomar para aumentar o acesso e aumentar os testes".
O principal assessor dos EUA para a pandemia, Anthony Fauci, alertou no domingo sobre a chegada de um inverno sombrio à medida que a nova variante do coronavírus estimula uma nova onda de infecções em todo o mundo.
"Com a ômicron", disse Fauci à NBC News, "serão semanas ou meses difíceis conforme o inverno avança".
Apesar das indicações de que a ômicron não é mais grave do que a variante delta, ainda dominante, os dados iniciais sugerem que ela pode ser mais infecciosa e possivelmente mais resistente às vacinas.
Desde que foi relatada pela primeira vez na África do Sul em novembro, a ômicron foi identificada em dezenas de países, abatendo as esperanças de que o pior da pandemia já passou.
Nos Estados Unidos, hospitais estão ficando lotados, centros de testagem estão acumulando longas filas e eventos esportivos e culturais estão sendo cancelados.
Manter o vírus sob controle tem se mostrado difícil em um país onde a vacinação e o uso de máscaras se tornaram questões políticas polêmicas e as ordens federais acabam em demoradas batalhas legais.
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