Jornal Estado de Minas

BADHOEVEDORP

Promotores holandeses pedem prisão perpétua para suspeitos de derrubada do voo MH17

Os promotores holandeses pediram prisão perpétua para os quatro homens acusados de derrubarem o avião do voo MH17, da Malaysia Airlines, em 2014, no leste da Ucrânia, causando a morte de todas as 298 pessoas a bordo.



Os russos Sergei Dubinski, Igor Guirkin e Oleg Pulatov, e o ucraniano Leonid Kharshenko, quatro altos quadros dos separatistas pró-russos do leste da Ucrânia, são acusados de terem abatido a aeronave com um míssil terra-ar BUK.

"Pedimos que os suspeitos Girkin, Dubinsky, Pulatov e Kharchenko sejam condenados à prisão perpétua por sua responsabilidade na queda do avião que provocou a morte destas 298 pessoas", disse o promotor Manon Ridderbeks aos juízes.

A acusação afirma que os quatro suspeitos tiveram um papel central na obtenção do sistema de míssil terra-ar BUK, com o provável objetivo, ainda segundo a Promotoria, de derrubar uma aeronave militar ucraniana.

"Se essa era sua intenção, isso não muda nada, porque continuam sendo acusados de um ato criminoso", alegaram os promotores.

Ainda segundo a acusação, a lei holandesa não distingue entre aeronaves militares e civis.

"Qualquer violência contra a aviação deve ser severamente punida", frisaram.

O réu de mais alto perfil é Girkin, de 49 anos, conhecido pelo pseudônimo de "Strelkov". Ele foi um dos principais comandantes dos separatistas no início do conflito na Ucrânia.

Dubinsky, de 57, é acusado de pertencer aos serviços russos de Inteligência russos, e Pulatov, de 53, foi um soldado das forças especiais russas, subordinado a Dubinsky.

Já Kharchenko, de 48, teria liderado uma unidade separatista no leste da Ucrânia.

"Os suspeitos usaram o míssil BUK como sua arma própria", disse o procurador-geral Thijs Berger.

Nas audiências desta semana, Berger afirmou que os réus "não apertaram o botão" para lançar o míssil, "mas usaram-no em sua luta armada, com o objetivo de destruir um avião".



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