A França iniciou nesta quarta-feira (22/12) a campanha de vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos, como outros países europeus, enquanto na China os 13 milhões de habitantes da cidade de Xi'an foram confinados após um foco de contágios.
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Sem possibilidade de viajar ao exterior, israelenses redescobrem Nazaré no NatalPassaporte sanitário sob a pele, a proposta de uma empresa suecaArtista judia protesta contra museu de Zurique por coleção da era nazistaA Finlândia anunciou que a campanha de vacinação para crianças de 5 a 12 anos começará depois do Natal.
Outros países europeus, como Bélgica, Dinamarca, Áustria, Grécia, Espanha e Portugal, também informaram que pretendem ampliar a vacinação às crianças.
Ao mesmo tempo, a ministra francesa do Trabalho, Élisabeth Borne, pediu às empresas que "acelerem" o recurso do teletrabalho contra a COVID-19, com um apelo para que se preparem "a partir de agora para reforçar" a medida após as festas de fim de ano, com o objetivo de 3 a 4 dias por semana.
"Está claro que com a atual situação é necessário acelerar, reforçar o teletrabalho (...) com o objetivo mínimo de três dias por semana nas empresas que permitam, quatro dias quando possível", declarou a ministra à rádio Europe 1.
A onda de contágios provocada pela variante ômicron avança com rapidez na França, a poucos dias do Natal, e quase 20% dos casos positivos de COVID-19 no país correspondem a esta cepa contagiosa, contra 10% no fim de semana passado, informou o governo.
A taxa de incidência da COVID-19 alcançou um recorde na França, com 545 casos por semana a cada 100.000 habitantes e quase o dobro em Paris.
A nova variante afeta toda a Europa
"A ômicron está se tornando, ou já se tornou, dominante em vários países, incluindo Dinamarca, Portugal e Reino Unido, onde os números dobram a cada dia e meio a três dias, com taxas de transmissão inéditas", afirmou o doutor Hans Kluge, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa.
A Dinamarca apresenta taxa de 1.215 casos para cada 100.000 habitantes nos últimos sete dias, enquanto o Reino Unido registra uma taxa de 898 para cada 100.000, 698 na Irlanda e 635 na Suíça.
A Espanha registrou na terça-feira o recorde de 49.823 casos de COVID-19 em apenas um dia - quase metade correspondente à variante ômicron, segundo o ministério da Saúde.
O recorde anterior na Espanha era de 40.000 casos em apenas um dia, em janeiro.
Milhões confinados na China
O governo britânico reduziu, nesta quarta-feira de 10 para sete dias o período de isolamento de pessoas já vacinadas que contraíram o coronavírus, com a exigência de dois testes negativos de antígeno negativas feitos no sexto e no sétimo dias de quarentena.
Segundo o governo, isso permitirá que mais pessoas passem o Natal em família, sem que se exponham à transmissão do vírus.
A variante ômicron já é dominante também nos Estados Unidos, mas o presidente Joe Biden afirmou que o país está "preparado" para enfrentar os contágios e não há motivo para alarme.
Ao mesmo tempo, Biden advertiu que os que não estão vacinados "têm boas razões para estar preocupados".
Na China, os 13 milhões de habitantes da cidade de Xi'an, norte do país, foram confinados para conter um pequeno foco de coronavírus, seguindo a política de "zero COVID" de Pequim.
Os habitantes desta metrópole, conhecida pelos "Guerreiros de Terracota" devem "permanecer em suas casas, exceto por alguma razão imperativa", afirmaram as autoridades em um comunicado. Apenas uma pessoa por casa está autorizada a sair para fazer compras "a cada dois dias".
As autoridades já haviam anunciado que os moradores de Xi'an precisavam obter uma permissão oficial para viajar de trem e sair da cidade.
Em Israel, o primeiro-ministro Naftali Bennett anunciou na terça-feira que todos os israelenses com mais de 60 anos e os profissionais de saúde terão o direito à quarta dose da vacina contra a COVID-19.
O país luta para conter a propagação da variante ômicron com proibições de viagens e outras restrições, mas sem ordenar um confinamento.