Entrevistado pela agência de notícias russa RIA Novosti sobre a possibilidade de o Irã aumentar o nível de enriquecimento de urânio caso as negociações não tenham sucesso, Eslami respondeu "não".
"Nossos objetivos relacionados ao enriquecimento de urânio estão atendendo às nossas necessidades industriais e de produção ... e às de nosso povo", disse.
Após cinco meses de interrupção, as negociações para salvar o acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano de 2015 foram retomadas em novembro em Viena entre os países negociadores (Alemanha, França, Reino Unido, China, Irã e Rússia). Depois de uma pausa de 10 dias e vários avanços no plano técnico, as conversações devem recomeçar na segunda-feira.
O pacto de 2015 afundou após a saída dos Estados Unidos em 2018, durante a presidência de Donald Trump.
As novas negociações têm como objetivo levar de volta ao acordo o governo dos Estados Unidos, que atualmente participa indiretamente, enquanto Teerã se recusa a manter conversas diretas com Washington.
De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a quantidade de urânio acumulada pelo Irã, calculada no início de novembro em 2.489,7 kg, supera em mais de 12 vezes o limite autorizado pelo acordo de 2015.
Se Teerã continuar com o desenvolvimento de suas atividades atômicas no ritmo atual, restariam apenas "algumas semanas" para salvar o pacto, disse o negociador dos Estados Unidos, Rob Malley, durante a semana.
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