"Um dos problemas agora é que (os testes) não estarão totalmente disponíveis para todos até janeiro", disse o epidemiologista à ABC.
"Estamos resolvendo o problema dos testes e, em breve, isso será solucionado", continuou ele, também reconhecendo sua frustração com a falta dos produtos.
Por ocasião das festas de fim de ano, os Estados Unidos registraram uma demanda especialmente alta por testes, principalmente kits para realização em casa.
Ao mesmo tempo, o número de casos de covid-19 continua a aumentar dramaticamente devido à disseminação da variante ômicron, com uma média de mais de 175.000 novas infecções diárias na última semana, de acordo com dados do CDC, principal agência federal de saúde pública.
Esses eventos são parcialmente responsáveis pela "alta demanda" e a consequente escassez de testes, disse Fauci.
"Obviamente, temos que fazer melhor", disse ele.
O presidente Joe Biden anunciou na semana passada que o governo federal comprou cerca de 500 milhões de kits que serão dados gratuitamente a quem os solicitar.
Mas esses testes só estarão disponíveis em janeiro, gerando fortes críticas à Casa Branca, cuja estratégia de combate à covid-19 tem se concentrado principalmente na vacinação.
Em 6 de dezembro, dias após a ômicron ser detectada pela primeira vez nos Estados Unidos, diante de perguntas da imprensa, a porta-voz presidencial Jen Psaki simplesmente respondeu: "Devemos enviar a todos os americanos um teste gratuito, certo?"
Referindo-se às características da ômicron, Fauci disse neste domingo que se trata de uma variante "extraordinariamente contagiosa", mas citou estudos realizados na África do Sul e no Reino Unido que parecem indicar que os casos são menos graves.
WASHINGTON