Segunda britânica a mudar o sexo para se tornar mulher, em 1960, Ashley dedicou sua vida a defender as pessoas trans. Sua morte gerou muitas homenagens na comunidade LGBTQIA+, como o cantor Boy George, que a descreveu como "força da natureza e grande sacerdotisa" da causa, ou o ativista Peter Tatchell, que homenageou "uma heroína" e "grande pioneira".
Nascida como George Jamieson em 1935 em Liverpool (noroeste da Inglaterra) em uma família trabalhadora, acabou se mudando para Londres e depois Paris, onde trabalhou em espetáculos de drag queens.
Economizou até conseguir o dinheiro para a cirurgia de mudança de sexo e operou em Marrocos em 1960.
De volta à Inglaterra, se viu confrontada por inúmeros obstáculos para ser reconhecida como mulher, o último em 1970, quando quis se divorciar e um tribunal invalidou seu casamento, alegando que sua mudança de sexo não estava reconhecida legalmente. Em protesto, foi embora para os Estados Unidos e não voltou até que em 2005 a lei a reconheceu como mulher.
Em 2012, o príncipe Charles a condecorou pelo seu ativismo pelos direitos trans.
"Eu sei melhor do que ninguém o quanto as pessoas podem julgar, mas o que conta é ser fiel a si mesma", declarou em uma entrevista.
APRIL
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