Entre os candidatos a este prestigioso cargo, estão o atual primeiro-ministro, Mario Draghi, e o magnata e ex-premiê Silvio Berlusconi.
Embora as funções do presidente sejam essencialmente honorárias na Itália, país regido pelo sistema parlamentar, para esta delicada posição costuma-se escolher uma personalidade de renome, com notável capacidade de mediação e que esteja acima dos partidos.
Embora não seja responsável pela gestão dos assuntos do dia a dia do país, a Constituição concede-lhe poderes-chave em momentos de crise política. O presidente é a figura encarregado de dissolver o Parlamento, convocar eleições antecipadas e aprovar os Executivos.
A maioria dos editorialistas reconhece que a Itália está diante de uma verdadeira encruzilhada, se o atual chefe de governo for eleito. A Constituição proíbe uma única pessoa de ocupar os dois cargos.
Substituir Draghi, que hoje administra a crise sanitária e os colossais fundos concedidos pela União Europeia para o pós-pandemia (191,5 bilhões de euros, ou algo em torno de US$ 216 bilhões, para 2021-2026) não será fácil. Assim, complexas negociações secretas já estão em curso.
Mais de mil "grandes eleitores", entre deputados, senadores e representantes de 20 regiões, terão de eleger o novo presidente.
Nos três primeiros turnos de votação, é necessária uma maioria de dois terços. A partir do quarto turno, uma maioria simples é suficiente. O voto é secreto e, nos pleitos anteriores, já houve muita surpresa no desfecho deste processo.
audima