Em comunicado conjunto, Menéndez, o legislador britânico Ian Liddell-Grainger e o presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, Norbert Lins, expressaram "crescente preocupação" com as práticas comerciais da JBS, sua controladora J&F; Investimentos e suas subsidiárias na Europa e nos Estados Unidos.
Portanto, pedem a seus respectivos países que "conduzam investigações legais e coordenadas" para garantir que "a empresa seja forçada a operar dentro dos padrões esperados de finanças, negócios e conduta ambiental".
Também pedem às autoridades que "examinem as práticas antimonopólio e anticompetitivas da JBS e avaliem se os abusos da empresa podem prejudicar permanentemente as cadeias de abastecimento de alimentos".
Na segunda-feira, o governo de Joe Biden divulgou um plano para aumentar a concorrência no setor de carnes, dominado por um punhado de grandes empresas, entre elas a JBS, que acusa de aumentar os preços aos consumidores e reduzir a renda dos produtores.
A declaração dos três legisladores afirma que durante a última década a JBS participou de atividades criminosas e "se declarou culpada de 1.500 atos de suborno" no Brasil, "de violações na fixação de preços antimonopólio" e de "violar a lei de práticas corruptas no exterior dos Estados Unidos", além de ainda não ter pagado "bilhões de dólares em multas".
Os parlamentares, surpresos com o fato de seus fundadores Wesley e Joesley Batista continuarem a ser acionistas majoritários "apesar de terem sido condenados criminalmente no Brasil", acusam a empresa de "obter gado de fazendas que contribuíram para o desmatamento".
Considerada o frigorífico de América Latina, a JBS está presente en 15 países com mais de 400 unidades produtivas em cinco continentes, segundo o site oficial da empresa, no qual afirma realizar diversos programas para desenvolver modelos de produção sustentáveis e proteger e restaurar florestas.
JBS SA
WASHINGTON