O sismo foi registrado às 5h27 locais (7h27 no horário de Brasília), com epicentro situado 19 quilômetros a nordeste de Lima, e hipocentro a 116 quilômetros, de acordo com o Instituto Geofísico peruano.
A Defesa Civil indicou que há registro de nove feridos, entre eles um em estado grave, além de danos em três casas precárias dos distritos de San Juan de Lurigancho e Ate, localizados ao leste de Lima.
"Felizmente não registramos nenhuma morte. Registramos sim nove feridos, dos quais um é de consideração, pois caiu do terceiro andar e seu estado é delicado", disse Rolando Capucho, coordenador do Centro de Operações de Emergência Nacional (COEN) ao canal N de televisão.
"Havia três crianças presas em uma casa, mas foram resgatadas pela polícia e estão tranquilas", acrescentou.
Jeison Arapa, de 28 anos, foi quem sofreu a forte queda do terceiro andar quando tentava sair de sua casa no distrito de Villa María del Triunfo, ao sul de Lima, informou a Defesa Civil.
O chefe da Polícia Rodoviária, Manuel Lozada, informou que o terremoto provocou deslizamentos de rochas e pedras na rodovia Central, que conecta com os Andes e a floresta central.
O terremoto foi sentido nas províncias de Cañete e Chincha, ao sul da capital peruana, e na cidade de Chimbote, quase 400 quilômetros ao norte de Lima.
Também abalou as províncias de Yauyos, Huarochirí, Canta, Huaral, Huaura e Barranca, na região de Lima.
- Abaixo de Lima -
"O epicentro foi localizado praticamente abaixo de Lima. O movimento foi vertical, ou seja, de baixo para cima, um tremor forte", disse à rádio RPP o presidente do Instituto Geofísico, Hernando Tavera.
O especialista acrescentou que, em 1993, um forte terremoto com as mesmas características sacudiu a capital de 10 milhões de habitantes, mas com magnitude ainda maior, de 6 graus.
A Direção de Hidrografia e Navegação da Marinha, por sua vez, descartou a ameaça de tsunami na costa do país.
"Povo peruano, vamos manter a calma, mas vamos nos prevenir contra qualquer outra réplica. Com as devidas precauções, vamos cuidar das nossas famílias: crianças, idosos e pessoas com deficiência. Como governo, estamos monitorando para proteger os cidadãos", tuitou o presidente do país, Pedro Castillo.
Em novembro passado, um forte terremoto de magnitude 7,5 abalou a região do Amazonas na selva norte do Peru, deixando mais de 2.000 desabrigados, 12 feridos e 117 casas destruídas.
O último terremoto de grande magnitude e consequências trágicas ocorreu no porto de Pisco, em 15 de agosto de 2007, quando um sismo de 7,9 graus, com epicentro na costa central, deixou 595 mortos.
O território peruano é sacudido todo os anos por pelo menos 400 tremores perceptíveis. O país está situado no chamado Cinturão de Fogo do Pacífico, uma região de grande atividade sísmica que se estende ao longo da costa oeste do continente americano.
LIMA