"No dia 19, estaremos presentes em todas as jornadas de mobilização nacional", afirmou à AFP o presidente nacional da FP, Nelson Erazo. O protesto é motivado pela "estupidez do governo em manter o preço dos combustíveis como até agora, e pretende privatizar instituições públicas", citou.
O anúncio coincide com um aumento semanal dos casos de Covid semelhante aos "piores surtos" da pandemia, embora sem um aumento significativo da mortalidade, informou anteontem a ministra da Saúde, Ximena Garzón.
- Dupla proteção -
Em um comunicado que listou as resoluções de uma assembleia realizada ontem, a FP pediu que se preparem ações de protesto contra o governo.
"Em 12 de janeiro, começamos com comícios e mobilizações em frente a tudo relacionado à Seguridade Social (pública)", informou Erazo, para quem "o governo quer entregá-la a empresas privadas". Além disso, "iremos exigir o uso da máscara com dupla proteção" para participar das manifestações.
A FP rechaça "a política antipopular e neoliberal" do presidente de direita, Guillermo Lasso, que mantém vários acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber empréstimos. Lasso decretou aumentos de até 12% no ano passado, elevando o preço do diesel de US$ 1,69 para US$ 1,90, e o da gasolina, de US$ 2,50 para US$ 2,55.
Desde 2020, o valor dos combustíveis no Equador cresceu progressivamente 90%. O aumento gerou manifestações e fechamentos de estradas por setores indígenas e de trabalhadores em todo o país.
QUITO