Desde setembro de 2021, doze julgamentos foram realizados contra indivíduos que transportavam "argelinos, principalmente, e alguns marroquinos", afirmou Chirstophe Amunzateguy, promotor de Saint-Gaudens (sul).
Por "entre 200 e 300 euros em média", os atravessadores, que também eram argelinos e residiam em sua maioria em território espanhol, conduziram os migrantes da cidade de Lleida, na Catalunha (nordeste da Espanha) até Toulouse, no sul da França.
Mas com o endurecimento dos controles em torno de Hendaye (sudoeste da França) e Perpignan (sul), as duas principais ligações rodoviárias entre a França e a Espanha, a polícia de fronteira francesa (PAF) identificou um "ponto fraco" em Pont-du-Roy, uma passagem menos frequentada.
Com as primeiras detenções verificou-se que estes atravessadores utilizavam seus veículos pessoais, nos quais geralmente transportavam três ou quatro pessoas, incluindo mulheres e crianças, para Toulouse.
Isso era organizado "através das redes sociais, indicando uma praça em Lleida onde poderiam encontrar pessoas para levá-los [para a França], ou através de familiares, que conheciam os atravessadores", explicou o promotor, especificando que "não se trata de uma rede estruturada".
A maioria dos detidos foi condenada a entre quatro e oito meses de prisão, alguns até 12 meses, seus veículos foram apreendidos e a sua entrada em território francês foi proibida.
"São penas bastante graves", admitiu o magistrado.
TOULOUSE