Os hackers conseguiram entrar na semana passada no sistema que controla os servidores e os acessos à internet do presídio do condado de Bernalillo, no Novo México, no sudoeste americano.
O ataque inclusive desativou brevemente as portas automáticas da prisão, forçando o pessoal a abrir e fechar as grades manualmente, quando os presidiários iam para o chuveiro ou caminhar.
"A falta de videovigilância suscita uma inquietação real para a segurança do pessoal e dos detentos", quando estão fora de suas celas, diz o documento, transmitido a uma corte local em 6 de janeiro.
Consequentemente, "os detentos estão temporariamente em suas celas" e privados de atividades, exceto para cuidados médicos.
O hackeamento não só afetou a prisão, mas outros serviços públicos do condado de Bernalillo, o mais populoso do Novo México, na região de Albuquerque.
Em um comunicado de 10 de janeiro, o condado explicou a seus cidadãos que continuava afetado por "problemas informáticos" relacionados com o ataque, que impedem, por exemplo, a entrega de certidões de casamento, a inscrição em listas eleitorais ou o registro de transações imobiliárias.
Consultadas pela AFP, as autoridades locais não responderam imediatamente.
Nenhum detalhe sobre a identidade dos hackers ou a natureza de suas exigências foi informado.
Um sequestro informático (ou ransomware) consiste na introdução dos hackers na rede informática de uma instituição, da qual criptografam os dados. Os autores do ataque, em seguida, pedem aos responsáveis da empresa, organização ou administração o pagamento de um resgate em criptomoedas, em troca da senha para descriptografar.
Segundo relatório do Departamento do Tesouro americano, cerca de 590 milhões de dólares em resgates relacionados com este tipo de ataque foram registrados no primeiro semestre de 2021 por estabelecimentos financeiros que operam nos Estados Unidos.
O volume supera em 42% o montante registrado em todo o ano de 2020, o que ilustra a aceleração do fenômeno.
LOS ANGELES