"Esperamos que este acordo seja o início do processo de cura para as vítimas", disse Jordan Acker, presidente da Junta de Regentes da Universidade de Michigan, em um comunicado.
A universidade informou que 460 milhões de dólares serão distribuídos entre as cerca de 1.050 vítimas que apresentaram denúncia. Outros trinta milhões de dólares serão reservados a denúncias futuras.
O acordo ainda deve ser aprovado pelo Conselho de Regentes da Universidade de Michigan, além de contar com a aprovação de 98% dos demandantes e do tribunal, destacaram a universidade e os advogados das vítimas.
Richard Anderson, que trabalhou como médico nesta universidade com sede em Ann Arbor, estado de Michigan (nordeste dos EUA) entre 1966 e 2003, foi acusado de abusar sexualmente de centenas de estudantes e atletas. Anderson morreu em 2008.
Um relatório de 240 páginas do escritório de advocacia WilmerHale publicado no ano passado afirma que "Anderson se envolveu em comportamento sexual inadequado com pacientes em várias ocasiões".
O escândalo do abuso sexual ameaçou manchar a reputação do lendário treinador de futebol americano de Michigan, Bo Schembechler, que morreu em 2006.
Um dos filhos de Schembechler, Matt Schembechler, confessou que Anderson abusou dele quando tinha 10 anos. Disse ter contado ao seu pai, mas nada foi feito a respeito. Outros membros da família defenderam o falecido.
A Universidade Estadual de Michigan foi sacudida tempos atrás por acusações de que um médico da instituição de estudo que também atendia membros da equipe de ginástica olímpica feminina dos EUA abusava sexualmente de pacientes de forma frequente.
WASHINGTON