"Com grande pesar, a família do professor Olavo de Carvalho comunica a notícia de sua morte na noite de 24 de janeiro, na região de Richmond, na Virgínia, onde se encontrava hospitalizado", informou a família nas redes sociais do escritor.
A causa da morte não foi divulgada, mas Olavo de Carvalho, que morava nos Estados Unidos desde 2005 e sofria de vários problemas de saúde, anunciou em 16 de janeiro que havia contraído a covid-19.
Nascido em Campinas, no interior de São Paulo e autor de vários ensaios conservadores, Olavo de Carvalho ficou famoso por sua retórica incendiária, celebrada na chamada "ala ideológica do bolsonarismo" e na extrema-direita brasileira.
Nos últimos tempos, porém, ele se distanciou de Bolsonaro, a quem criticou em várias ocasiões e de quem chegou a dizer que sua candidatura à reeleição nas eleições presidenciais de outubro "é uma batalha perdida".
Muito ativo nas redes sociais com um discurso de ódio desinibido, no qual não poupava insultos, nem comentários polêmicos, o escritor exerceu muita influência, principalmente, durante a chegada de Bolsonaro ao poder em 2018. Um exemplo disso é que vários ministros nomeados pelo presidente, entre eles o agora ex-chanceler Ernesto Araújo, foram propostos por ele.
Ferrenho anticomunista e adepto de teorias da conspiração, o escritor, que no passado também foi jornalista e astrólogo, era cético em relação à pandemia, assim como o presidente, e chegou a chamar o coronavírus de "vírus chinês".
"Nos deixa hoje um dos maiores pensadores da história do nosso país, o Filósofo e Professor Olavo Luiz Pimentel de Carvalho", escreveu o presidente no Twitter nesta terça-feira.
"Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros. Seu exemplo e seus ensinamentos nos marcarão para sempre", acrescentou.
Há cerca de uma década, o escritor, que tinha inúmeros "discípulos" e milhões de seguidores nas redes sociais, oferecia aulas online pagas nas quais misturava filosofia e política.
Steve Bannon, a principal figura da "direita alternativa" dos Estados Unidos, chamou Olavo de Carvalho de "um dos maiores intelectuais vivos do mundo".
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