"A vacina Abdala já apresentou seu relatório. Temos que enviar dois relatórios da Soberana 02 e outro da Soberana Plus", disse em coletiva de imprensa Vicente Vérez, diretor do Instituto Finlay de Vacinas, o laboratório que desenvolveu as duas últimas vacinas.
O cientista destacou que os laboratórios que desenvolvem vacinas cubanas contam com dados muito valiosos de primeira linha e "não deixam nada a desejar nos ensaios clínicos com relação a qualquer multinacional".
No entanto, "em termos de instalações de produção e cumprimento de elevados padrões, boas práticas de fabricação, há coisas que temos que concluir, que ajustar", admitiu, ao apontar que o processo de apresentar o dossiê à OMS é " longo, pesado, complexo e caro".
Em julho do ano passado, a autoridade reguladora cubana autorizou o uso emergencial da Abdala, a primeira da América Latina, com eficácia de 92,28% contra o risco de contrair covid com sintomas. E em agosto endossou a Soberana 02 e a Soberana Plus.
Vérez ressaltou que a OMS também considera a consistência do número de doses produzidas, aspecto em que a ilha está trabalhando. Ele especificou que durante 2021 o país produziu 37 milhões de doses das soberanas.
Cuba, que teve seu momento mais crítico de contágio entre julho e outubro do ano passado, até agora vacinou 9,8 milhões dos seus 11,2 milhões de habitantes com o esquema completo de três doses e mais de quatro milhões contam ainda com o reforço.
Desde o começo da pandemia, 102.521 pessoas foram infectadas com covid-19 e 8.367 morreram.
Sob embargo dos Estados Unidos desde 1962, o país começou a desenvolver suas próprias vacinas na década de 1980, descobrindo a primeira contra a meningite B, e hoje quase 80% das vacinas incluídas em seu programa de imunização são fabricadas na ilha.
HAVANA