Diante destes herdeiros, presentes o recinto, a ministra da Cultura, Roselyne Bachelot, qualificou o texto como "histórico" e que deve ser aprovado finalmente pelo Senado em 15 de fevereiro.
A espoliação era "a negação da humanidade (destas famílias judias), de sua memória, de suas lembranças", destacou a ministra.
Entre as 15 obras está "Rosas debaixo das árvores" de Gustav Klimt, mantida no Museu d'Orsay e a única do pintor austríaco que pertence às coleções nacionais francesas. Foi adquirida em 1980 pelo Estado.
Investigações exaustivas permitiram estabelecer que pertencia à austríaca Eléonore Stiasny, que a cedeu durante uma venda forçada em 1938, em Viena, antes de ser deportada e assassinada.
Onze desenhos e uma obra de cera conservados nos museus do Louvre, d'Orsay e do Palácio de Compiègne, assim como um quadro de Utrillo conservado no Museu Utrillo-Valadon, também fazem parte das restituições previstas.
Um quadro de Chagall intitulado "O pai", conservado no Centro Pompidou e que entrou nas coleções nacionais e 1988, também foi adicionado. Foi reconhecido como propriedade de David Cender, músico e fabricante de violinos polonês de origem judaica que emigrou para a França em 1958.
No caso de 13 das 15 obras, os donos legítimos haviam sido identificados pela Comissão de Indenização às Vítimas das Espoliações (CIVS), criada em 1999.
Cerca de 100.000 obras de arte foram saqueadas na França durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), de acordo com o Ministério da Cultura.
Foram encontrados na Alemanha durante a Libertação e devolvidos à França cerca de 60.000 objetos. Destes, 45.000 foram devolvidos a seus proprietários entre 1945 e 1950.
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