Segundo os três grupos, o objetivo é disponibilizar 35 novos modelos destes veículos no mercado até 2030.
"As três empresas que integram a aliança definiram um roteiro comum até 2030, compartilhando investimentos em futuros projetos de eletrificação e conectividade", disse o presidente da aliança, Jean-Dominique Senard, em um comunicado.
"Juntos, estamos marcando a diferença para um futuro novo e globalmente sustentável", acrescentou.
As principais montadoras do mundo estão priorizando cada vez mais os veículos elétricos e híbridos, à medida que aumentam as preocupações com as mudanças climáticas.
Hoje, quase 10% das vendas de carros na Europa são veículos elétricos, mas nos Estados Unidos este número é de apenas 2%.
Até agora, os membros da aliança haviam investido, no total, mais de US$ 11 bilhões na eletrificação.
- Plataformas comuns -
Para atingir seus objetivos, a aliança reforçará o uso de cinco plataformas comuns, ou seja, a estrutura básica dos diferentes modelos. Nesse sentido, pretende-se que, até 2026, 80% dos 90 modelos sejam fabricados nestas plataformas. Hoje, são 60%.
"Isso permitirá a cada empresa se concentrar mais nas necessidades de seus clientes, em seus modelos de referência e em seus principais mercados, ao mesmo tempo em que se estenderá as inovações para toda aliança a um custo menor", explica o comunicado.
O CEO da Nissan, Makoto Uchida, disse que, embora os modelos dos diferentes fabricantes sejam construídos em plataformas comuns, continuará havendo "uma diferenciação inteligente" para garantir a "distinção" de cada marca.
Em relação aos 35 novos modelos elétricos anunciados para 2030, 90% serão produzidos nessas cinco plataformas comuns da alianças comuns ao redor do mundo.
Há dois anos, a aliança havia anunciado o lançamento de um novo esquema de colaboração, com um fabricante "referência" para cada área geográfica e para cada área tecnológica. Com isso, espera-se aproveitar melhor os pontos fortes de cada um.
Esse sistema será reforçado ainda mais: a japonesa Nissan vai liderar o desenvolvimento de sua inovadora tecnologia de bateria de estado sólido "em benefício de todos os membros da Aliança".
Já a Renault "vai liderar o desenvolvimento de uma arquitetura elétrica e eletrônica comum", detalha o comunicado.
E a Mitsubishi Motors tentará lançar dois de seus novos veículos na Europa, incluindo seu novo SUV ASX, que será baseado em modelos da Renault.
A Nissan foi atingida por uma série de problemas nos últimos anos, desde a fraca demanda, antes mesmo da pandemia da covid-19, até as consequências da prisão e posterior fuga de seu então CEO, Carlos Ghosn.
Mas "esta crise acabou", e a aliança está, hoje, "mais forte do que nunca", com "bases sólidas" e uma "cooperação flexível", insistiu Senard.
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