"Muito foi feito e continuará a ser feito no combate contra a corrupção e a impunidade, na criação de um bom ambiente de negócios, na reforma política", disse Lourenço.
O chefe de Estado, que tentará um segundo mandato, também prometeu aumentar o salário mínimo e os salários dos funcionários públicos.
"Precisamos de trabalhar o suficiente para ter a garantia de que todos os nossos militantes, simpatizantes e amigos vão exercer o direito de voto", acrescentou, após uma reunião na cidade de Menongue, no sul do país, segundo uma transcrição feita por seu gabinete.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), de Lourenço, dirige o país - rico em petróleo, mas cuja população vive na pobreza - desde a independência desta antiga colônia portuguesa, em 1975.
No entanto, este ano, três partidos da oposição formaram uma aliança, a Frente Patriótica Unida (FPU), para tentar derrotá-lo.
O MPLA oficialmente elegeu Lourenço como candidato em dezembro.
Desde que chegou ao poder, em 2017, o presidente tem tentado despertar uma economia apática e lançou uma campanha de combate à corrupção para recuperar os bilhões de dólares que ele suspeita terem sido desviados durante a longa permanência de seu antecessor, José Eduardo dos Santos, no poder (1979-2017).
Estas medidas lhe renderam elogios do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas não trouxeram alívio para os angoleses, que no ano passado amargaram uma inflação de mais de 25%.
O Banco Mundial estima que 56% da população angolesa viva com menos de US$ 1,90 por dia.
Após o fim de várias décadas de guerra civil em 2002, Angola viveu um bom petrolífero, que beneficiou a família Santos. O ex-dirigente é criticado especialmente por dessangrado o Estado e a economia, sobretudo ao oferecer a pessoas próximas a direção de várias empresas.
O boom petroleiro também fez de Luanda uma das capitais mais caras do mundo. Mas a despeito da construção de rodovias ou hospitais, o crescimento beneficiou pouco a população. A queda da cotação do petróleo bruto em 2014 mergulhou o país em uma severa crise econômica.
A campanha anticorrupção de Lourenço se concentra na família Santos, enquanto o ex-presidente é protegido por uma imunidade.
Uma investigação visa sua filha, Isabel, suspeita de ter desviado fundos públicos para ativos offshore, o que ela desmente.
Seu meio-irmão, José Filomena dos Santos, foi condenado a cinco anos de prisão em agosto de 2020 pelo desvio de receitas petrolíferas do fundo soberano de Angola, que ele supervisionou entre 2013 e 2018.
audima